Epifania 3

tudo que carregava era pouco. desse pouco, tudo era poroso. e essas frases em branco continuam a aparecer. próprias, conscientes de si e de sua abrangência descontextualizada.
me vejo andar. ando e me vejo andar. a consciência é mais forte que o fazer.
não é momento, nem passagem. não é um mito. nem um ritual. não é porra alguma.
as fendas se abrem.
eu caio, despenco: aceito.
te submeto. te encaminho. te mando pelos correios. por sedex. com aviso de recebimento e tudo mais. me despeço, despedaço. extravio.
desmantelo, e nem mesmo sei onde se encaixam as lacunas, os nós, os conchaves. nem mesmo sei o que é desmantelar.
entendo bem de inutilidades, desmoronamentos, laços, maquinações, permanências e substantivações.

o centro de tudo é consequência, por isso generalizações se formam na minha continuidade e as pausas necessárias remontam céus azuis de dias regulares. tudo isso para que o fio da meada não me perca como perco a mim em botões de repetitivas funções padronizadas e opções limitadas.
a gente é cópia. transmutação; sei a prática. nossa teoria é sombra embaixo dos pés.