nervoso invisível indiscutível molhado e como que de veludo acelerado 

acelerar  
comboios e pontos  
para ser galinha velha
devo gemer cores velhas
tomar banhos opacos
vaporizar as ventas as plantas e as crianças que
chegam pela velhice  
aceleradas
trocar de nariz diariamente
trocar os dias enlouquecer de hora em vez
tocar as orelhas condescendentemente
minhas tuas de ney
bordar as calcinhas novas
cerzir as calcinhas antigas tão cheias
que vazam novidades das noites mal cozidas
abrir a porta do guarda pratos
repetidamente até que o som seja
portanto assim tão parecido  
minha velha vogal mais aguda
ser galinha velha deverá ser encanto para a frente
pele sobre pele sobre pelanca tatuada
tetas verdes de bico para dentro
uma batata doce antes de seu tempo
sem pelos pelas raízes pelo ralo  
feito a escova feito um porco feito espinhos
dar corda ao velho soldadinho russo  
ver graça e tristeza mais graça que tristeza
nova a marcha enferrujada suja bonitinha que só 
sublimar samambaias especialmente
especialmente
tomar o novo uísque envelhecido a fórceps   
deixar a agulha
falar por ney
deixar apitar a chaleira trocar a lâmpada com o troca lâmpadas  
correr pelada pelo corredor no jardim acelerado
me enroscar com heras e ervas impulsivas
acelerar na velhice a guilhotina cabeluda
embebida de tudo que por lá fez casa
estacionamento boate escritório mictório  
e acelerar isso cada dia mais e tanto
me disseram
na velhice é que se sabe o nome daquilo
aquilo nervoso que toda jovem meio que quase sabe e quer saber inteiro
aquilo que todo mundo quer saber o nome nervoso
nervoso invisível indiscutível molhado e como que de veludo acelerado