A 7ª Árvore

“há sempre um jardim na

memória / do Mundo”

Emanuel Jorge Botelho

para o Urbano

 

Na fantasmagórica árvore,
os rebentos de ouro são
esses tiros entre o nosso olhar
e o intocável jardim.
A porta fechada, com
dobradiças de cartão,
mostra-nos as queimaduras 

das mãos dos que, em vão,
tentaram roubar os frutos,
nessas vinte e sete manhãs.

de “Lamarim” (2019)

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Urbano - “neste meio de mar” (pormenor)