Do teu Quarto em Atenas (dois anos depois)

Lisboa, 29 de Março de 2018

 

Querida amiga,

 

    escrevo-te para te dizer que não posso ir à apresentação do teu quarto em Atenas. Bem disse que ia, mas entretanto pus-me a ler-te e cheguei à conclusão de que nesse dia não vou estar em Lisboa. Deu-me uma vontade súbita de viajar. Por isso, se me perdoas, vou-me embora daqui numa carta, e farás dela o que bem entenderes. Bem sabes que gosto de escrever cartas, particularmente quando não faz sentido algum, como hoje, na apresentação do teu Um quarto em Atenas. Olho para a capa do teu livro enquanto escrevo estas linhas. Bem sei que tenho apenas essa ficção de ti. Mas não se trata de escrever sobre ti, trata-se de escrever sobre o que um poeta abandona num livro. Por isso não é estranho que te trate por “tu” e não por “a autora”, “o sujeito lírico”, ou uma outra treta qualquer. Uma poeta como tu merece ser, precisamente, tratada por tu. Com intimidade.

Sei que muitos pensarão que um título como Um quarto em Atenas, por uma poeta que vive em Oxford, só pode ser um livro de exílio, de estrangeirado. Muita gente só lê as badanas. Enganaste-os com as tuas badanas e currículos. Um quarto em Atenas não é sobre Oxford, nem Lisboa, nem Atenas, nem nenhuma cidade. O teu livro é sobre um quarto. E ele é pequeno, exíguo; se tivesse que o descrever, di-lo-ia acanhado e vagamente triste. Não te ofendas, o meu não é melhor, é bem mais curto. Pelo menos o teu tem uma porta grande, por vezes não tem paredes, e tem uma biblioteca bastante aceitável, sem dúvida maior do que a minha. Por isso não acredito no teu exílio, nem mesmo quando o escreves, dizendo:

 

            “os meus amigos estão tão mais longe

            adoecem devagar nestas casas

            e esperam que uma conversa

            seja como algo que remedia alguma coisa

            e partilham chá e febre e comprimidos

            todos sem excepção adoecem por alguma coisa (...)”

 

            É que esses teus amigos voltam sempre para te carregar o piano, não é? Mas tu guardas os exílios deles e os teus como uma pistola junto à cabeça, mas nunca a disparas. Manténs sempre o dedo no gatilho, à espera da ocasião certa, mas ela não chega, porque percebeste um dia, como eu, no British Museum, que aqueles cabrões arrancaram o Pártenon da Acrópole e puseram-no num sítio impensável, ridículo, covarde, e que de todos os exílios, o pior é mesmo esse, o exílio da memória sem sítio. Por isso não disparas o gatilho, por memória. Aliás, é essa a tua “Aula de Arqueologia”, como chamaste a um poema. A exortação a um cadáver de aparência masculina. És, aliás, muito ambígua nisso. Deixas os adjectivos no masculino como que piscando o olho ao leitor, e dizendo: sou mulher, mas tu não, e não me parece que alguém como tu confunda masculino com neutro, sabemos grego e latim, somos esta espécie de sacerdotes de dias sem passado. Mas o teu verdadeiro exílio, o nosso verdadeiro exílio, continua no teu quarto, nessa aula de arqueologia:

 

            “escavado com o cuidado dos pincéis que afastam o pó

            quando os arqueólogos desta equipa puderem decidir

            que o que em ti esteve vivo é apenas este golpe de teatro

            uma coisa para ser guardada numa caixa insignificante

            num museu qualquer (...)”

 

            Nunca seremos múmias, pois não? Somos esta treta moderna, sei que me entendes, sei que sabes que ser clássico não é amar os antigos e os seus poemas, que patranha, não, é sofrer como eles sofreram e até ter pena de não estarmos mortos no seu Pártenon, no absurdo dos seus mitos, na inanidade dos seus deuses, por isso nem de Apolo falas, falas de um zeus minúsculo cuja única coisa que faz é lançar raios. Pobre deus.

Mas voltemos aos teus amigos. O exílio sempre nos permitiu recordá-los, à boa maneira dos poetas antigos. A beleza dos teus amigos está alcandorada (usaste esta palavra, é infinita, e tu não usas palavras ao acaso, arrancando-as do dicionário de sinónimos), encontra-se dentro, como quando escreveste nesse poema:

 

            “tu estás à espera

            da beleza dos teus amigos

            na concentração de uns segundos

            num parque coberto de neve

            onde os bêbados regressam para tropeçar

            onde os esquilos não hesitam

            na venerável lápide de william blake

 

            moorgate é onde há tempo

            para encontros com estranhos

            e é tarde demais para falar de centauros

 

            e não foi no teu casamento

            que se ouviu o som dos cascos”

 

            É tarde demais para falar de centauros, de facto. A tua poesia meneia-o, com a arrogância certa dos poetas que eternamente hão-de achar todo este mundo pouco elegante, preconcebido, ordinário, banal e sem vísceras. Não há centauros entre esses pequeno-burgueses que, de repente, estrebucham nos teus poemas. Com uma faca nos dentes, como escreveu António José Forte, que tu escreves com todas as letras, gostas de deixar os teus amores bem definidos, a não ser que te comprometam demasiado, entendo-te, o poeta tem de saber calar-se ou dizer muito sem um quem nem um porquê, mas desse António José Forte, da sua faca nos dentes, lembro-me dos versos dele que se espelham muitas vezes no teu quarto, no teu poeta em Lisboa: “Quatro horas da tarde. / O poeta sai de casa com uma aranha nos cabelos.” Pois foi precisamente às quatro e um quarto (como bem te recordas do nome desse teu poema) que escreveste, dizendo:

 

“quatro e um quarto e todos os campos

são brancos e todos homens

vão ao ginásio e como no poema

de andrew mcmillan

soluçam agarrados às toalhas

os corpos seguem em frente

passam ao lado do seu próprio significado

do próprio significado do seu cansaço”

 

Lamentas essa tua cidade de gente encastrada, útil, e não te perdoas ser uma peça nessa engrenagem:

 

            “e penso que sou responsável sobretudo

            por estas horas em que me cruzo com gente na rua

            em que paro de ser um agente

            ao serviço de uma corporação cujo deus

            é previsivelmente de um verde monótono e nunca

            cometeria o erro de uma grande final vermelho”

 

            Como os poetas gregos, acreditas que talvez os versos ainda possam ser atirados às ruas, e por isso surgem polícias a arrastar pedintes pela rua, e o grito de Munch aparece fulgurante numa ponte em Paris. Não és ingénua: sabes que o mundo não começou no teu quarto, mas em Atenas, ou pelo menos no seu museu. E se um dia um desses azarados estudadores de clássicos procurar nos teus poemas os gregos, espero que tenha a audácia de ler Ícaro, Fedra, Hipólito exactamente como são: desolações que se abrem ao teu desassossego, mitos da nossa idade, mitos sem narrativa, encerrados na terrível história do quotidiano, essa sim arquétipa, o verdadeiro Hades de quem, como todos nós, se exila cada vez mais na sua vertigem de pessoa indivisível, atómica. Fedra é bem mais trágica exposta a uma aula de natação, mundana e evidente, a cortar alface no lava-loiças, como bem escreveste:

 

            “Fedra separa a cabeça do corpo

            ela não soube escolher a palavra adequada

            na verdade ela não se lembra de ter escolhido nada

            e ponderar opções só veio muito mais tarde

            gota a gota as manhãs prosseguiram

            com o seu trabalho de encher o mundo de água

            ela tem entrado e saído dos mesmos quartos

            com as mãos nos bolsos

            rasando os ouvidos como lâminas

            ela descortina o desejo como as estátuas

            em cerimónias oficiais não inauguradas”

 

            A tua Fedra, se está apaixonada por Hipólito, tem tanta água entre ela e o seu enteado que não há amor que aí se possa afogar. Cometes o crime de desolar os nossos clássicos?... Se sim, fizeste-lhes justiça. A tua poesia é, de facto, alcandorada. Mas talvez esse estudioso rabugento, à cata do nome de um mito, não perceba talvez o que há de mais clássico em ti, para além do óbvio gosto pelas paisagens, que tu transformas em naturezas mortas. Sei que te vais rir disto, mas o pedante termo ekfrasis é o único que posso aplicar aqui. Sinto que se isto fosse uma apresentação, alguém na plateia bocejaria neste momento. Ainda bem que é uma carta. Mas ekfrasis é o termo certo, os teus poemas mostram por vezes paisagens do nosso mundo, pintadas, esculpidas com a mestria da tua pena mordaz, como quando escreveste num quarto em Omónia:

 

            “porosa e permeável

            como as esponjas que os mergulhadores

            trouxeram à superfície

            em fotografias a preto e branco

            onde a fome se acende nos olhos dos rapazes

            que seguram essas esponjas tiradas do fundo do mar

            e onde a surdez não é visível no rosto

            filas de pernas arqueadas e troncos nus

            e calções pretos e brancos

            troncos largos que são fruto de muita prática

            de mergulho em apneia

            não tão diferente do que sou eu

            sempre que aqui regresso e reclamo

            ruas que não existiram

            antes de me ter ido embora”

 

            Mas mostrares o mundo pela palavra não é único grito dessa ponte de Paris. Cultivas uma ironia defendida, bem ao gosto de Arquíloco ou de Horácio, ou talvez sejas pós-moderna ou pós-clássica, ou ante-clássica ou ante-pós-modernista, fique a polémica para os magníficos artigos de cartilha escritos por uma questão de volumetria. Gostas, sim, de ver o mundo filtrado pelo humor, o mundo dos outros e o teu. Não que te dê prazer, parece-me. És supinamente clássica nisso: fá-lo em versos impecavelmente edificados, subtis, ambíguos, rasgados. Os teus pequeno-burgueses dão-nos vontade de rir. Mas e os teus ícaros?

 

            “sabes meu ícaro

            não é verdade que desde sempre

            tenha estado disposta a desenterrar

            as minhas ideias uma a uma à colher

            até esta paisagem mental ser um deserto

            para melhor poder aplanar a aterragem

            do teu voo de belo efeito”

 

            Vejo a beleza vaga desse voo desfeito, de um Ícaro que já não voa por ambição desmedida, mas para cair no vazio da tua escrita, ou melhor, no medo que tu tens, que todos nós, poetas, temos – os que de facto moram dentro de si – de preenchermos as letras com o abysmo, escrito com “y”, como Fernando Pessoa escrevia.

            É também Horácio que me recordas quando escreves sobre essa chusma de poetas a fazer fila para mostrar as suas verbosas intenções de um verso, para se engalanarem na sua própria leitura como se o mundo fosse uns meros parênteses. As tuas sátiras são violentas, como o teu “Como reconhecer o seu escritor feliz”, aquele que “escreve sobre famílias em tempos de crise / mãe, quatro filhos, um amante / que entrará no enredo um pouco mais tarde”. Não por acaso chamaste a um poema “Literatura para Falcões”, uma infeliz coincidência para mim, um pobre falcão, não fosse o meu ódio visceral aos caderninhos da Moleskine só porque dizem “the famous notebook of Ernest Hemingway” ou coisa que o valha, e eu apetece-me queimá-los todos, um por um, numa enorme pira como outrora os nazis fizeram aos livros, pasme-se, insinuar o seu próprio “faça você mesmo” literário, um bloco em branco para encheres porque te dizem que um génio da literatura usava esses mesmos blocos em branco, era como se eu passasse a ser Deus só porque fui – dizem –  criado à sua imagem, bom, esse meu asco pelos caderninhos Moleskine descreve-lo tu muito bem nessa literatura para falcões:

 

            “prometeram-me antes dos trinta a glória da atenção

            que só aos velhos profetas se empresta

            anunciarei em conferência de imprensa

            aos críticos mais respeitados da nação

            que obtive, por compra em cadeia de livrarias não designada,

            um novo caderno moleskine

            ansiosamente à minha espera no chiado

            para uma erecção colectiva

            quando eu ler o meu último poema

            no bar mais clandestino da capital”

 

            Talvez tenhas ido buscar também à Grécia e aos livros que guardas no teu quarto em Atenas essa maneira de estar na poesia, a necessidade de vez em quando o poeta sentir a necessidade de falar sobre o seu ofício. É que também tu tens a arte antiga de falar sobre ti não como poeta ou actriz, mas como instrumento, como veículo:

           

“eles não se perdoam

            sabem que a cada hesitação

            um poema se perde para sempre na poeira

            e que este é um erro caro

            a sua matéria há-de ser sempre

            a tensão do inacabável.”

 

            Mas tenho de ser sincero. Os teus poemas dão muito trabalho, alguns são árduos e penosos. São longos, extensos, por uma questão de forma, porque os quiseste narrativos, porque muitos dos teus poemas começam ao anoitecer, ou quando anoitece, e tens uma história para contar, mas não são mitos nem narrativas, são histórias como só nós – os classicistas míopes – as conhecemos: investigações, indagações, perguntas a testemunhas oculares dos eventos. Mas quem está a testemunhar? O teu quarto está cheio de caixinhas fechadas à chave. Muitas vezes tens a generosidade de nos dizer. De outras vezes, calas-te propositadamente, quase por falta de generosidade:

 

            “tanto tempo depois tu ainda

            contas histórias

            subtraídas sobretudo do tempo

            em que te fiz infeliz

            e eu entro na fila

            à espera de um café melhor

            do humano atraso deste impulso

            o prémio final para onde tudo isto pende

            a épica cama trabalhada no centro da árvore

            mas nenhum ulisses nem isto regresso nenhum”

 

            Como imaginas, não te pergunto por quem fizeste infeliz; sublinho só o longo silêncio que por vezes se impõe no teu Quarto em Atenas, sobre se historias um escultor, um pintor, um músico (como há tantos no teu quarto), ou um poema, ou um filme, ou a ti própria, que facilmente transformas num tu. Os teus poemas levaram-me para fora do teu livro. Puseste-me, por exemplo, a ver um blockbuster holandês (gosto que chames blockbuster ao melhor filme holandês de 2008, tens piada), um Zwartboek, um Livro Negro; e acredita, vi tudo até ao fim, até ignorei a cena inicial algo trapalhona, uma explosão e cinco segundos depois já os nazis tentam apagar o fogo e cinco segundos depois já se descobriu a identidade da tua Ellis de Vries – mas só vendo o filme é que se entende o poema. E, de facto, é extraordinário que as vedações que nos montaram no Shoah sejam as mesmas para onde vamos num Kibutz: estamos sempre a pôr-nos entre arame farpado. E fui forçado a saber quem foi Leon de Modena, porque o poema que lhe escreveste é um dos mais belos do teu quarto, uma elegia tranquila, que contrasta com muitos dos teus versos agitados:

           

“as tuas palavras estão

            a apodrecer dentro dos teus livros

            as que tu escreveste

            onde as escreveste

            e tudo o que ficou nas entrelinhas

            (...)

 

            as tuas mãos estão a desaparecer dos teus livros

            dedos cegos correm pelas lombadas

            com um resquício de um gesto de ancião

            a quem a vista falha”

 

            Deste judeu foi-me ficando a tua memória dele, e a de muitas outras personagens cujos nomes conheci ou adivinhei; sei que cultivas o hábito de escrever nomes próprios, coisa que eu evito, mas tu tens de o fazer, entendo-o, fazem parte do teu enredo, da tua narrativa, William Blake, Arquíloco, Dante, ou mesmo o Antigo Testamento visto pelo ecrã de uma televisão, o “O Filho de Saul” de Laszlo Nemes (que filme terrível!), ou Derek Jarman e o seu Caravaggio, todos este nomes são parte das tuas investigações, que tu coleccionas como outrora Heródoto compilava as suas investigações, e por isso os escreves em letras minúsculas, como nomes próprios, palavras comuns do teu léxico de poeta.

Mas para abrir alguns dos teus poemas precisamos de uma chave de formatos que dificilmente poderiam ser reconhecidos como os de uma chave: ou talvez sejam parte do teu quarto em Atenas, ou da tua alma, ou lá o que lhe chamam. É aliás extraordinariamente difícil fazer uma teologia dos teus poemas, os estudantes destas coisas dizem que se pode fazer teologia de tudo, mas a divindade, a alma, ou mesmo Deus estão talvez sepultados juntamente com as múmias no teu museu de Arqueologia, e não parecem ser possíveis leituras teológicas, ou talvez sejam, talvez apenas exista má teologia e não existam poetas sem deuses, que também tu os tens, tristes anomalias do humano, deuses sem braços e sem força. Por isso dizia, no início, o teu quarto é desolado, mas está cheio de sacrifícios. O segundo poema do teu “Passagem & Passageiro” é imenso e deve ser rezado. Tenho uma chave para ele, perdoa-me, mas é mesmo assim, não ma deste logo e tive que a inventar, há uma velha que te oferece uma laranja – e tu corriges, ela não te ofereceu, ela atirou-te uma laranja, como se tu tivesses fome. É uma humilhação, dizes tu. Ainda bem que o sentes, porque sem esse gesto de humilhação nunca terias sacrificado uma romã. Como se espraiam estes teus versos:

           

            “como agora que sem vergonha e sem precisar de desculpa

            de volta a uma vida que não quis tu a apontas

            e ela é aquela mulher que se senta à mesa e se ocupa

            das coisas da manhã e sente cada vez mais raiva

            viaja na escuridão de túneis até à superfície e te vê

            medeia de volta à rotina banal dos vivos

            a quem a morte nunca vai tocar com um dedo sujo de pó

            de volta à tua cidade, aos livros, canetas e cadernos

            como se nada tivesse acontecido

            ela abre ao meio a romã e os dedos sujam-se de vermelho

            o terror acaba a esconder-se nas coisas mais banais

            viaja connosco todos os dias

            tu imaginas um desses rituais divinatórios

            onde uma imagem distorcida do futuro nos visita

            a partir das entranhas de um animal sacrificado”

 

            Deixa-me terminar esta carta já demasiado longa com uma lamechice insuportável, com a chamada “chave de ouro” ou a estratégia retórica de deixar para o fim as melhores palavras, as mais elogiosas. Também os antigos nos ensinaram isto. Mas por ser uma estratégia não deixa de ser sincera. Por isso te digo o seguinte: tu escreves fundo. Demasiado fundo, pouco fundo, à superfície e por dentro. Escreves por todo o lado. Mas mais do que tudo, o teu quarto não está vazio de gente. Pode ser pequeno, pode não haver espaço para todos os livros, filmes e gesso que lá guardas, mas ele está profusamente habitado e é acanhado porque tem muita gente lá dentro. E a partir de hoje tens mais um leitor que te admira de pé, sem sítio onde se sentar, e contempla a forma arrastada, locativa como destróis e reconstróis todos os mitos da tua escrita, todas as tuas investigações e dessolações. Por isso, minha querida amiga, obrigado pelo teu quarto. Sei que voltarei a ele sempre que quiser estar contigo.

 

            Com toda a amizade,

 

            Pedro Braga Falcão