no cair do pano

no cair do pano de cena dominical, o bastidor enfiou-se dentro de uma oficina: vê-se o desconstruir da relação, os gases a mais no motor, os aplausos antes de tempo, e com isso, a precocidade em explicar o porquê de não nos fazermos rogados a água de rosas no cu. mas os abraços contam, e o cheiro pleural que nos invade naquela parte em que as cabeças sossegam no altar do ombro. encaixe matemático. semicerrar de pálpebras. e pelo único momento do dia, afastamos a preocupação de proteger as pupilas acima de toda a vida onde nos segmentamos. desfadigamos. o esterno esvazia. repouso benevolente. e enche. de novo. com a força de um segredo.