Arquifono
/E disse 
Gaiaku Luísa: 
– […] 
nos confins 
do Bitêdo, 
onde Malê 
Seja Hundê, 
roça de cima, 
estirava-se 
rente a cerca 
um facho 
de fumo de corda, 
frutas 
e litros de vinho 
em reverência 
aos índios. 
Enquanto no Ilê 
Alabassé, a visão 
de um babalaxé 
de Gbessém, 
a grande píton… 
Em névoas 
os portos 
de onde vem: 
se Congo 
ou Mina's Coast, 
Angola 
ou Aruanda: 
África ecográfica 
de amefricanos. 
Trabalhadoras 
da Suerdieck 
perceberam: 
O Ifá Dó 
– Irôko! 
Lokosis, 
Temi Aguessis 
Bô Omin, 
e em Nagé,  
ainda tem 
O Humpaime 
Dahoméa… 
E quando 
Odé Kojá, 
no peji 
aos pés 
do atin 
– árvore 
sagrada – 
no mato, 
na gruta, 
no buraco 
oculta 
um segredo, 
ou na I.B.M, 
no Ilê Iyá 
Nassô Oká, 
em Salvador 
(não importa! 
onde o talabí 
toque o canto 
para Gbéssem, 
Obaluaiyê e 
Xangô. Eles 
vêm…Chegam 
até o abassá, 
no runtólogi, 
ou até no Ilê 
Ibecê Alaketu 
Axé Ogum 
Megegê, 
em Alapini, 
Azon Lepon) 
– : Arotô Seji, 
Obaluaiyê, Omolu, 
enquanto yalodé 
canta egungun 
e olunda (erê), 
dança Obaluaiyê 
com folhas de imbaúba 
nas mãos e palhas 
nos punhos 
enquanto Xangô 
aproxima-se do otá 
(ao mesmo tempo) 
Aganju Ominazon Didê 
atravessa o Riacho Capivari.

 
                     
      
      
    
  
  
    
    
     
      
      
    
  
  
    
    
     
      
      
    
  
  
    
    
     
      
      
    
  
  
    
    
     
      
      
    
  
  
    
    
     
      
      
    
  
  
    
    
     
      
      
    
  
  
    
    
     
                 
                 
                 
                