[pisamos hoje eiras de milho podre]
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pisamos hoje eiras de milho podre
lugares onde a fome derrete gorda e crispada nas soleiras
o frio e a aridez dos Homens
cada vez mais líder
em terras e montanhas rugosas de renúncia e conflito
a devastação mora em nós sem adeus possível,
abrem-se de novo as antigas feridas cíclicas
à sombra de cada muro
milhares de crianças com mães no colo
o negrume da esperança que talvez a morte
as ensine a esperar
“O cavalo de Turim” - Béla Tarr (pormenor)