TOLDO

Vítor Teves - “Toldo” - I - XII, 2018.

Nota: Sempre odiei (e odeio) a palavra “Ilustração”; não procuro, nem quero, ilustrar coisa nenhuma. É possível pintar poesia sem ilustrá-la. A ilustração de poesia é reducionista e desinteressante (na sua maioria). 10 anos depois de “Um toldo vermelho”, esta é uma pequena série à volta do livro, uma leitura “emocional” do livro, apenas isso, uma versão entre outras que fiz. Esta é uma versão de 2018, existem muitas mais. A dimensão do papel é fundamental, são trabalhos intimistas e constituem apenas um “quadrado” no seu todo: 4 + 4 + 4 =12. Alguns zonas estão esborratadas (pelo fixador) porque assim o quis. Foi feito a pastel seco e esferográfica. Dedico esta série a todos aqueles que pensam que: a) o desenho só pode ser feito com grafite; b) os que acham que a pintura tem de ter entre 3 a 5 metros; c) os que acham que a pintura só pode ser feita a óleo. Isto é Pintura: a) colorida; b) de pequenas dimensões; c) e sobre papel (sim, papel, nada que não tivessem já feito).

ps- Quando for grande vou pintar hortênsias.

Vítor Teves, 01.2020